A depressão é uma doença mental de elevada prevalência, crônica e recorrente, principalmente quando não é tratada. No post de hoje falaremos mais sobre a relação dos antidepressivos e a queda capilar.
É um problema médico grave e a patologia mais associada ao suicídio, e em tempos de pandemia e isolamento social tende a se agravar. Além do impacto mental, a depressão abala o sistema imunológico e o metabolismo, o que ocasiona a queda dos cabelos.
Um estudo epidemiológico do Ministério da Saúde aponta que a prevalência de depressão ao longo da vida na população brasileira é superior a 15%. Dados da OMS (Organização Mundial da Saúde), revelam que a prevalência de depressão na rede de atenção primária de saúde é quase 11%, isoladamente ou associada a um transtorno físico.
Quem acompanha os conteúdos disponibilizados pela Fill no site e nas redes sociais, já sabe que carência de vitaminas, estresse, ansiedade e alterações hormonais e herança genética são fatores da queda dos cabelos. Leia aqui nossas outras publicações.
Contudo, pesquisas também comprovam que alguns tipos de medicamentos acentuam essa queda, principalmente em organismos que já sofrem de carência nutricional.
O sistema de psicofarmacovigilância do Centro Brasileiro de Informações Sobre Medicamentos Psicotrópicos da Unifesp (Universidade Federal Paulista) procura obter relatos sobre reações adversas causadas pelo uso de medicamentos psicoativos com as notificações feitas por psiquiatras.
Um estudo recente revela que queda de cabelos com diferentes fármacos psicoativos pode ocorrer e parece ser fenômeno não dependente de estrutura química ou de atividade medicamentosa.
Segundo o relatório, das reações adversas recebidas pelo núcleo, a metade foi causada por antidepressivos inibidores seletivos da captação de serotonina, ou por antipsicóticos atípicos. Em 75% dos casos, o problema afetou as mulheres. Em ambos os sexos, a idade dos pacientes variou de 22 a 49 anos.
Desse modo, podemos afirmar que antidepressivos e a queda capilar podem estar relacionados. Contudo, na grande maioria dos casos a queda de cabelo em quadros de depressão é uma manifestação predominantemente psicossomática e não orgânica, resultado de efeito de medicamentos, que são a forma mais eficaz de combater a doença, aliados a uma série de práticas saudáveis e da busca por equilíbrio.
Em caso de pacientes com manifestações de queda de cabelo e quadros de depressão instalados, vale uma conversa com o médico sobre o tema e a preocupação com a saúde capilar e a autoestima, fator que pode, inclusive, desencadear quadros depressivos.
Afinal, cada caso é um caso, todos merecem atenção e cuidado, mas todo indivíduo reage de uma forma a cada tipo tratamento proposto, seja medicamentoso ou psicoterapêutico.
Ainda segundo dados do Ministério da Saúde, entre 90 e 95% dos pacientes apresentam remissão total com o tratamento antidepressivo.
É de fundamental importância a adesão ao tratamento, uma vez interrompido por conta próprio ou uso inadequado da medicação, pode aumentar significativamente o risco de transformação em um quadro crônico da depressão. Do ponto de vista capilar, neste aspecto, o eflúvio medicamentoso também pode evoluir para a calvície.
A terapia combinada Fill também pode ser uma das etapas deste processo de recuperação da saúde e vitalidade como um todo.