Como muitas coisas na vida, os cabelos também são formados em ciclos. É importante compreender o processo de crescimentos dos fios, dividido em fases: anágena, catágena e telógena, aprendendo sobre o ciclo de vida do cabelo é possível entender como e porque ocorre a queda de cabelo.
O folículo piloso é uma estrutura anatômica que produz e faz crescer um fio de cabelo, cuja composição é basicamente queratina. O folículo representa um rico sistema que por uma vida inteira sofre transformações, passando por estágios de rápido crescimento, regressão e volta à fase de crescimento, intercalando com um período silencioso de queda.
Algumas pessoas naturalmente possuem mais ou menos cabelos. No ciclo capilar, diariamente trocamos cerca de 100 fios. Dependendo do sexo, da etnia e da herança genética, homens e mulheres tem uma queda de 90 a 150 fios no processo de renovação capilar.
A percepção de uma quantidade maior de fios perdidos no banho, pela casa ou no travesseiro, merece atenção. Essa queda pode ser originada por fatores externos ou emocionais, causas físicas ou químicas.
Quem tem na família, pais ou avós calvos também precisa investigar a possibilidade de herdar a calvície, que pode se manifestar já na adolescência. Dessa forma, o quanto antes se busca tratamento, melhores as chances de bons resultados. Faça nossa avaliação online e entenda mais sobre o seu caso.
Fases do Ciclo de Vida do Cabelo
As fases são cíclicas do crescimento capilar e são classificadas em:
Fase ANÁGENA
É o período de ativação do crescimento do cabelo e sua duração varia de acordo com idade, sexo e etnia. O crescimento é contínuo e a sua duração determina o comprimento final do cabelo. Os folículos do couro cabeludo produzem fios mais longos e os de outras partes pilosas do corpo possuem produção mais restrita. Normalmente, 80 a 90% dos nossos cabelos estão nesta fase. Estudos apontam que a vascularização cutânea tem grande impacto no crescimento de cabelos, produzindo atividade e aumento dos folículos.
Fase CATÁGENA
É uma fase involuntária em que a atividade celular diminui e para de produzir novos fios. Nesta fase, a ponta proximal do fio se queratiniza e a parte mais baixa do folículo involui aproximadamente 70%, perdendo volume. O fio se desprende da pele e a produção cessa. Mas não é motivo de desespero, num ciclo capilar de seis meses essa fase dura em média de 2 a 3 semanas, e estima-se que menos de 1% dos fios se encontre nesta fase.
Fase TELÓGENA
É o período entre a regressão folicular e o início da nova fase anágena do folículo. Esta fase é caracterizada pela ausência de crescimento de pelos, que dura de dois a quatro meses, culminando com a queda. No final da fase telógena, surge um fio anágeno pouco desenvolvido que recebe a denominação de neógeno, que é o um novo fio em crescimento, mas um fio temporário. O fio telógeno libera enzimas que inibem o desenvolvimento deste novo fio. Assim que o fio se desprende, estas enzimas param de ser produzidas e o fio anágeno poderá se desenvolver. Estima-se que de 10 a 20% dos nossos fios estejam nesta fase. O processo de desprendimento do fio temporário é chamado de fase exógena e a fase quenógena é o período de repouso do folículo, o período em que ele fica vazio.
Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, a perda normal do cabelo, não relacionada à calvície, ocorre quando começa o próximo ciclo de crescimento (fase anágena) e um novo fio de cabelo começa a emergir, expulsando o fio que estava em repouso no folículo. Em média 50-100 cabelos telógenos caem a cada dia. Estes cabelos serão substituídos por novos fios.
Vários fatores podem afetar o ciclo de crescimento do cabelo e causar queda temporária ou permanente (alopecia), incluindo medicamentos, radioterapia, quimioterapia, exposição a substâncias químicas, fatores nutricionais e hormonais, doenças da tireoide, doença de pele generalizada ou local e stress.
Leia mais sobre isso nesta outra publicação, principais causas da queda capilar.