Vitaminas e micronutrientes são elementos importantes no ciclo normal do folículo piloso, estimulando a renovação celular. Cada vez mais o papel da nutrição e da dieta no tratamento da queda de cabelo vem sendo estudado e a deficiência de vitaminas e minerais, como vitamina A, vitamina B, vitamina C, vitamina D, vitamina E, ferro, selênio e zinco, impacta no ciclo capilar e nas defesas do organismo.
Embora a suplementação seja facilmente acessível, é importante saber quais vitaminas e minerais são úteis no tratamento da queda de cabelo.
É sabido que ferro, vitamina D, folato, vitamina B12 e selênio podem estar envolvidos no clareamento/branqueamento dos cabelos durante a infância ou início da idade adulta. A suplementação desses micronutrientes deficientes pode melhorar o envelhecimento prematuro. Contudo, é necessária a prescrição e o acompanhamento de cada caso por um especialista, afinal vitaminas e minerais em excesso também não fazem bem ao organismo.
Num breve resumo, entenda a ação dos nutrientes considerados essenciais à saúde capilar:
Vitamina A
A vitamina A desempenha muitas funções no corpo: é fundamental para a visão, está envolvida na função imunológica e é necessária para o crescimento e diferenciação celular. Se apresenta em retinol e ácido retinóico. Em geral, o consumo em excesso o ou suplementar vitamina A pode causar queda de cabelo. Mas os níveis de vitamina A em equilíbrio são fundamentais para cabelos saudáveis .
Vitamina B
O complexo de vitamina B inclui oito substâncias vitamínicas solúveis em água – tiamina (B1), riboflavina (B2), niacina (B3), ácido pantotênico (B5), vitamina B6, biotina (B7), folato e vitamina B12 – que ajudam no metabolismo celular. As doses diárias recomendadas dessas vitaminas podem ser alcançadas com uma alimentação balanceada, com exceção da biotina, que é a única vitamina B produzida pelo organismo. Em indivíduos saudáveis, a biotina não precisa ser suplementada, mas as deficiências de riboflavina, biotina, folato e vitamina B12 são associadas à perda de cabelo pois desempenhar papel fundamental na renovação celular e no ciclo capilar.
Vitamina C
A vitamina C, ou ácido ascórbico, é uma vitamina hidrossolúvel derivada do metabolismo da glicose. É um potente antioxidante que previne a oxidação das células e os danos dos radicais livres. Também atua como um mediador redutor necessário para a síntese de fibras de colágeno. A vitamina C desempenha ainda um papel essencial na absorção de ferro no organismo. Portanto, sua ingestão é importante em pacientes com queda de cabelo associada à deficiência de ferro. E sua deficiência também pode abalar pelos e cabelos. Os seres humanos são naturalmente deficientes de uma enzima necessária para a síntese de vitamina C e, portanto, devem ingeri-la diariamente. Frutas cítricas, batatas, tomates, pimentões verdes e repolhos têm altas concentrações vitamina C.
Vitamina D
A vitamina D exerce um efeito anti-inflamatório e imuno-regulador, além de seu importante papel na manutenção de níveis adequados de cálcio e fósforo. O papel da vitamina D no folículo piloso é evidenciado pela perda de cabelo em pacientes com raquitismo e nos casos mais severos de déficit do nutriente, cujos níveis alterados também estão relacionados com a psoríase, incluindo a do couro cabeludo, e outras doenças autoimunes que provocam queda capilar.
Vitamina E
A vitamina E está envolvida no equilíbrio oxidante/antioxidante e ajuda a proteger contra os danos dos radicais livres, entre eles o envelhecimento precoce da pele e dos cabelos.
Ferro
A deficiência nutricional mais comum no mundo é a deficiência de ferro, que contribui para o eflúvio telógeno. A deficiência de ferro é comum em mulheres com queda de cabelo. No entanto, a associação de perda de cabelo. A menstruação é a maior causa de deficiência de ferro em mulheres pré-menopáusicas saudáveis. No entanto, os níveis séricos de ferritina, a proteína ligada ao ferro, podem ser elevados em pacientes com condições inflamatórias, infecciosas e neoplásicas, e distúrbios hepáticos, o que também provoca queda dos fios.
Selênio
O selênio é um oligoelemento essencial para a síntese de mais de 35 proteínas. A deficiência de selênio ocorre em bebês com baixo peso ao nascer e em pacientes que necessitam de nutrição parenteral total. Na carência de selênio, muitas pessoas apresentam a perda de pigmentação do cabelo.
Zinco
O zinco é um oligoelemento essencial, o que significa que o corpo não pode gerá-lo sozinho; deve ser fornecido através da dieta. As principais fontes alimentares de zinco são peixes e carnes. A deficiência de zinco pode ocorrer em pacientes que consomem grandes quantidades de grãos de cereais, naqueles com baixo consumo de carne ou em lactentes em fórmula láctea. Outras causas de deficiência de zinco incluem anorexia nervosa (secundária à ingestão inadequada, excreção aumentada de zinco e má absorção devido ao abuso de laxantes), doença inflamatória intestinal, cirurgia de derivação jejunal e fibrose cística. Alcoolismo, malignidade, queimaduras, infecção e gravidez podem causar aumento do metabolismo e a eliminação de zinco. A alopecia é um sinal bem conhecido de sua deficiência e, na maioria dos casos, o crescimento do cabelo volta a ocorrer com a suplementação do nutriente.
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